quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Jardim de mim.

Deixei do meu peito a escuridão libertar-se
Ousei no descuido,
e só por descuido,
Que teu olhar me tomasse

Tomaste-me o beijo
Tomaste-me o folego
Tomaste a mim mesmo
Mas deste o desejo

Prendi-me inocente
No fundo do peito
e meio sem jeito
Me lembro da gente

Já faz tanto tempo
E eu sempre me lembro
Me lembro do vento
Me lembro do tempo
que lento passou.

Me lembro daquele
Daquele jardim
O qual aqui dentro
"Mau juíza" a mim.



[aaaaaaai, me desculpem os que esperaram por algo surpreendente neste bem-dito blog (:, hoje estou um pouquinho sem criatividade -talvez muito sem criatividade-
mas espero que a leitura sirva para alguns.]

Acredito que toda leitura, ainda que infundada, imersa em subjetividade, traz algo de bom para todos nós. Para nós!

Um beijo, queridos!

3 comentários:

  1. Your garden have so many flowers, just see

    Bjuu

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  2. Nane minha linda,

    Quão mágica é a poesia em sua natureza tão imensa e infidável a ponto de nos caber a todos dentro - e por completo.
    Vejo-te, neste momento tão particularizado, tão incerto e incoerente, às claras, nestes versos. É a Nane derramada, a Nane debruçada, a Nane versada.
    Todavia, discordo da sua afirmação ao final do post, quando reduzes a tua obra a algo de pouca valia. Como toda essa sentimentalidade, visceral e cutânea, poderia vir a sê-lo? A tua poesia revela a tua profundidade e poucos oceanos tem tamanha grandeza!
    Concordo com o "Irmão": Look to your garden, dear !

    Beijos!

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  3. Sempre acreditei que você fosse longe. Deixa eu cuidar de você como sempre foi? Para sempre minha. Minha princesa.

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