sexta-feira, 12 de março de 2010

Met (:

Fazendo uma intertextualidade, amantes da literatura, vocês já o devem conhecer.

Me sinto metade poesia, metade humana em prosa
Metade música, metade matéria em carne
E às vezes sinto que cada metade grita tão alto que quer calar a outra
É que uma metade é meu ego e a outra, é o conjunto de mim.

Me sinto em desintonia, na angústia de ser e não ser,
Isso pouco a pouco me corroi,
Porque metade de mim é certeza, a outra eu não sei

Me sinto por várias vezes fatigada,
Mas a alegria em meu âmago brada desesperadamente
Para mostrar quem eu sou
Ah! Metade de mim é o meu coração, mas a outra, a minha razão.

Estou cansada desse duplo-eu
Não posso mais.

Cansei de não sentir – é muito ruim não ter tato.
Cansei de ser fria – é insuportável não sentir ardor.
Cansei de não ser – é desesperador ter que usar esta armadura.

Quero esvair!
Não é tão fácil – algo grita em mim.
Que se exploda,
A fiúza em mim é o meu remédio.

Ah! Sinto um novo odor...
É a minha verdade.
A verdade é que eu me sinto e isso me basta.

Rayanne Albuquerque.

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