segunda-feira, 11 de julho de 2011

(:


Há certos momentos em que a gente para ___________________________________
e começa a pensar sobre a relevância das coisas.
Há, claro, quem não ligue ou não se incomode tanto com o que acontece no mundo, ou na esquina de casa, ou mesmo no quarto ao lado sob o mesmo teto, mas sempre há um momento em que tudo quer fazer sentido, há um momento em que o ser precisa ser humano.
Hoje, dia 11, para mim, algumas coisas primordiais fazem sentido. Sei que não sou a madre Teresa, nem quero pagar de tal, mas gostaria de dar -ou pedir, sei lá- alguns minutos de reflexão a quem se dedica agora a ler este blog.

Quando deixamos de ser crianças -digo isso porque quando crianças não costumamos nos apegar a nada tanto quanto a nossos pais- começamos a perceber o quanto o convívio em grupo é importante e que, com o tempo, se torna cada vez mais difícil se desassociar dessa massa, seja no âmbito familiar, seja com os amigos de escola, ou de faculdade, com os colegas de trabalho ou seja com um amor.
Todo ser humano precisa estar em conjunto, seja par, ímpar, de dois, de dez, de vinte... e se pararmos para pensar, por instinto, a maioria dos animais vive em grupo. Porém, mais importante que estar em um grupo, é estar feliz neste grupo.
E algo que percebi, mais importante do que estar feliz em grupo, é que é preciso estar feliz sozinho para poder estar em grupo. Não é possível convidar alguém para sua casa, para seu quarto, sem antes arrumá-los. Da mesma forma, não é possível chamar alguém para a sua vida se ela não está do jeito que te deixa feliz. E isso implica não fazer os que estão à sua volta felizes.

O que faz você feliz? E, não menos importante, o que não faz você estar feliz?

Ir à praia e passar algum tempo olhando o mar faz com que você esqueça seus problemas? Vá à praia! Ir à uma boate, dançar, beber, conversar faz a vida parecer mais divertida? Vá à uma boate! Beijar quem você ama o deixa feliz? Beije! Ficar assistindo TV, ler um livro, ouvir música, ouvir o barulho da chuva, ficar debaixo da asa da mãe, nos braços dos amigos, contar carneirinhos, contar repetidas vezes até quatro [1, 2, 3, 4], se é isso ou qualquer outra coisa que te faz estar feliz, agarre com todas e todas as forças que você tiver.
Ser feliz é algo constante, que precisa de renovação diária. E ser feliz requer amor. Nenhum ser humano é feliz sem amor. Mas é muito mais fácil ter momentos de infelicidade quando o seu quartinho interior não está arrumado. Tudo vai magoar, tudo vai ser chato, tudo vai ser cansativo, tudo vai fazer com que você se sinta mal. Nunca deposite a sua felicidade no outro, partilhe-a com ele. É preciso estar bem consigo mesmo antes de estar feliz com os outros e consequentemente ser alegria para os outros.

O importante é ser feliz, sem mascarar o que faz mal, o que faz falta. O homem nunca está completo e sempre busca algo que o preencha, aquela pecinha do quebra-cabeça que falta. Encarar a não plenitude em nossas vidas, é querer buscar o que nos complete; se algo ou alguém te faz falta, corra atrás. Ninguém é feliz sozinho, ninguém é incompatível, ninguém é simplesmente igual a nós. Às vezes é tão difícil aceitar a si mesmo, por isso essa necessidade de estar sempre feliz, por que não aceitar o outro?

Torno a dizer que é impossível estar feliz em grupo quando não se está feliz consigo mesmo. Para isso, é preciso buscar estar feliz e não se entregar simplesmente, é não ter medo de encarar dificuldades e saber que ao superá-las, a felicidade será ainda maior. É preciso não deixar com que as coisas de fora o atrapalhe, trabalho, faculdade, escola; é querer estar feliz em todos os âmbitos e fazer com que os que estão ao seu redor queiram visitar o seu quartinho particular desde que esteja arrumado.
Mas é o tempo, e só o tempo, quem faz o ser humano [se] aceitar, mudar e acolher.

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