segunda-feira, 28 de março de 2011

Um.cisto

A força e a virtude que tenho
Já não importam depois de hoje
Não me preocupo mais se não venho
Para o que me aguarda ou o que fosse.

Palavras não adiantam
quando forças já não se tem
Pra suportar essa carga tanta
Dos ombros do meu conhecido alguém.

O tempo chegou pra mim
Disso não posso fugir
Ainda que eu não sumisse ,assim,
É chegada a hora de partir.

E simples como quem só dormiu
Não haverá choro, não haverá vela
O mundo que me consumiu
Aquele homem consumiu ela.

Um comentário:

  1. Muito boa a coinstrução ritma, Nane!!!
    Tem a sua velocidade, com mudanças ao longo do "crescendo" e voltando ao seu ritmo normal a medida em que vai se encontrando a temperatura do âmago do poema.
    Venho percebendo a sua escrita triste, sentida... Ressentida, na realidade =(
    Tristes quimeras tão longamente sonhadas que quando concretiadas são como cenas sem foco de um filme sem música.

    Beijos!

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